quinta-feira, 30 de abril de 2009


Ainda sobre estar dirigindo x música.
Eu fico pensando muito e tentando adivinhar a música que a pessoa do carro ao lado está ouvindo.
Às vezes eu vejo a pessoa dentro do carro cantando com muita emoção, mas não sei o que é... tento identificar o ritmo e tudo, mas é frustrante (hihi).
Tem também uma outra situação em que eu estou ouvindo uma música. Daí, olho para alguém na calçada ou até no carro ao lado se movimentando de maneira que se encaixa no ritmo da música que estou ouvindo. Aí faço as minhas edições mentais e monto todo o meu video clipe daquela canção.
Caraca...é muito maneiro fazer isso.

terça-feira, 28 de abril de 2009

...E eu ainda sou bem moço.

Hoje estava dirigindo, indo pro trabalho, ouvindo Belchior (Rapaz latino americano).
Gosto demais...mas tento entender algumas de suas composições. Acho que passavam tantas coisas pela cabeça dele no momento de compor que cada canção tem vários significados, várias interpretações e diversas direções.
Muito fantástico o cara escrever aquilo tudo, cantar daquela maneira digamos, um pouco confusa de se entender, e ser lindo.
Amo demais.
De quebra, vou colocar aqui a letra de uma linda melodia que ele cantou:

Quero desejar, antes do fim,
pra mim e os meus amigos,
muito amor e tudo mais;
que fiquem sempre jovens
e tenham as mãos limpas
e aprendam o delírio com coisas reais.
Não tome cuidado.
Não tome cuidado comigo:
o canto foi aprovado e Deus é seu amigo.
Não tome cuidado.
Não tome cuidado comigo,que eu não sou perigoso:
- Viver é que é o grande perigo

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Once upon a time.

Era uma vez duas amigas. Duas grandes amigas.
Elas cresceram juntas.
Viveram toda a história de uma vida. Todos os seus acontecimentos: Escola juntas, família, amigos, primeiro namorado, primeiro beijo, primeiro cigarro escondido da mãe, primeiro porre, namoros, términos, novos namoros, novos términos, shows, festas, casamentos de amigas e amigos, filhos deles, morte na família, nascimento, bons momentos, maus momentos. Elas simplesmente compartilharam de tudo isso - sem tirar nem pôr.
Elas gostam das mesmas coisas - quase tudo.
Elas sabem o que é diversão.
Elas chamam muita atenção.
Todos que viram amigos de uma, tornam-se amigos da outra.
Uma vai ser madrinha do casamento e do filho da outra.
Elas realmente se amam mesmo.
Elas sabem viver. Sabem o que é o respeito e que essa amizade será eterna.
Problemas? Sim.
Discussões? Sim.
Dificuldades? Sim.
Elas são felizes...pois, de verdade, nunca vi amizade tão linda.
Outras pessoas aparecem na vida delas. Entram e ficam. Cada um com sua grande importância. O que difere o sentimento que elas tem uma pela outra é que são 27, quase 28 anos de conquista diária. Dias esses em que o amor aumenta e a amizade passa por cima de tudo.
Elas se completam. Se amam e se respeitam.
E assim, viveram (ão) felizes para sempre.

domingo, 26 de abril de 2009

A vida não é uma festa.

Nunca achei que a vida é uma festa.
Nunca concordei com isso...
Não acho que devemos viver cada dia como se fosse o último sem pensar no amanhã. Não acho. Isso faz com que sejamos sem regras, sem rédeas.
Não concordo.
Não devemos passar por cima de ninguém... não devemos pensar que o que importa é o agora e deixar de lado o futuro, pois é ele que será seu presente daqui a alguns anos e lá, naquele momento você vai colher os frutos da árvore da decepção. E não vai ser feliz.

sexta-feira, 24 de abril de 2009




Quem sou eu?
Eu não sou ninguém.
Até ontem eu era alguém.
Mas no momento em que comecei a discordar de você eu me tornei um inimigo.
Eu que sempre acreditei que nosso amor fosse eterno. Que não haveria dúvidas e nem desavenças.
O que há no peito agora?
Será que essa decepção que dói em meu peito é loucura da minha cabeça?
Ou puro egoísmo meu?
Ou será que, mais uma vez, tenho que passar por cima de mim mesmo para que fique tudo bem?
Você quebrou uma coisa minha e eu não tenho mais como consertar...a cola não serve para isso.
Vou juntar os cacos deste amor e ver se ainda consigo terminar aquele mosaico.

Se chovesse você.

Se você fosse lua
Dormiria contigo na praia
Entraria contigo no mar
Choraria o teu minguante
Seguiria o teu crescente
Habitaria teu luar
Se você fosse sol
Eu seria girassol
Tua luz seria meu farol
Amaria teu calor
O teu fogo abrasador
Queimaria por amor
Se você fosse vento
Queria você todo momento
Pra enrolar meu cabelo
Levantar a minha blusa
Arrancar-me um suspiro
Ser o ar que eu respiro
Se você fosse chuva
Eu me deixava molhar de prazer
Dançava na rua pra ter
Minha roupa bem molhada
Minha alma encharcada
Se chovesse você

* Quero me encharcar de você...

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Eu já postei isso uma vez:

"Qual o valor de uma amizade?O que é capaz de fazer tremer a parede que levanta-se junto quando é amigo?Resposta que são dadas com o tempo, em demosntrações.Tempo curto.Tempo longo.O amor constrói coisas. E se existe amor verdadeiro nada destrói.Eu amo.E não quero que saia da minha vida jamais. "

Todos temos nossas próprias razões. Cada um tem seus motivos. E é aí que a amizade aparece para mostrar o quão grande é esse sentimento.
Eu tenho minhas razões, meus motivos e minhas certezas...eles não mudam.
Você tem as suas razões, seus motivos e suas certezas...eles não mudam.
Mas se eu te amo e você me ama, nada é capaz de transformar.
Um fato que não pode ser esquecido jamais, são os 27 anos de amizade que existem, a cumplicidade, os momentos de alegria e de dor, as palavras ditas e as não ditas, o respeito. Aliás esse é o maior motivo desse texto.
O respeito que cada uma tem pela outra...
Essa chuva vai passar. Eu só quero que você seja feliz com o que lhe pertence. E o que lhe pertence em breve chegará, pois pessoas boas recebem coisas boas. Pessoas lindas recebem coisas lindas.
A pedra foi colocada em cima da noite de ontem, que por sinal, desgastou demais...mas os princípios serão os mesmo: nosso amor e respeito mútuo.

" Façamos da interrupção um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma ponte...
Da procura, um encontro."
"Quero ter alguém com quem conversar...
...algém que depois não use o que eu disse contra mim.
Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada que eu segui
Com a minha própria lei.
Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Quando sei que tens também."

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Porque dia 19 de abril é meu aniversário.


Soneto de aniversário


Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.

Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.

Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.

E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.




* E eu não vejo a hora de chegar domingo. Eu amo este dia. Muito feliz!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

F.

Num dia qualquer, L. acordou, olhou para o teto e não conseguia lembrar por que tinha que levantar da cama naquela manhã. Aparentemente, não havia nenhuma razão justa para tirá-la de casa. Foi então que percebeu ter perdido uma batalha. Havia se deixado dominar pelo desânimo. Com o passar do tempo, foi notando que nada no seu dia-a-dia parecia valer a pena, nada que a motivasse a seguir adiante. Mesmo assim, o senso de obrigação a empurrou para fora da cama, para a ducha, para o elevador, para o estacionamento. Abriu a porta do carro, sentou-se na frente do volante, mas não conseguiu girar a chave, muito menos chegar ao trabalho. Horas mais tarde, o médico diagnosticava: depressão. Sua irmã a levou de volta para casa.

A poucos metros dali, F. sentia o calor do sol em seus cabelos ruivos e minuciosamente escovados. Acabara de tirar a carteira, precisava ter coragem para deixar a garagem e enfrentar os vários quilômetros até a sede do comitê. Era um dia de estréia. Precisava desse novo desafio para compensar os vários anos gastos ao lado de alguém que nunca a entendeu. Ao chegar, sentiu-se vitoriosa. Suas longas pernas pisaram o chão com muito mais confiança ao sair do carro. Confiança de que estava no caminho certo, de que a vida continua, de que novos amores aparecem, de que sua auto-estima não precisa de mais ninguém, além dela mesma. Entrou no prédio de cabeça erguida, peito estufado, cabelos brilhosos e um largo sorriso no rosto.

Meses mais tarde, L. contava com a ajuda de ansiolíticos para poder dirigir até o trabalho e realizar as atividades diárias. Já conseguia evitar a espera por acontecimentos significativos e a decepção, todas as noites, ao abrir a porta de casa sem novidades para comemorar. Hoje, consegue simplesmente se desligar do que a aborrece, conectando sua atenção a alguma galáxia distante. Amigos e colegas de trabalho notaram a mudança, se tornaram mais afetuosos, respeitando, contudo, a distância que ela prefere manter de tudo e de todos. Em breve, sua fase de reaprender a viver com a ajuda de tranqüilizantes estará terminada. Se conseguirá manter o distanciamento, ninguém pode prever. Mas sabe que dando um passo após o outro, tem voltado à vida. Não à normal, mas a uma nova vida que está construindo. Ao contrário do que parece, ela tem sorte. Quantos têm a chance de apertar o "reset" e recomeçar com um mínimo de perda?

Dirigindo, F. se sentia mais dona de si e de seu destino, autoconfiante e cheia de coragem para novas empreitadas. Partiu para a conquista de um novo amor. Dona de um estilo que lhe confere um charme inegável, foi bem sucedida. Mas depois de alguns encontros, percebeu que se enganara, o novo amor não passara de uma "ilusão de ótica". Porém, consciente dos degraus que já tinha conseguido subir e da guinada que dera em sua vida, a moça sabia que uma ilusão como essa não seria suficiente para ofuscar o brilho da ótima fase. Sem dramas nem sofrimentos, decidiu que aquela pequena desilusão nada mais era do que uma situação passageira e não seu foco principal. Pisou fundo e acelerou a vida pelo caminho que vai traçando a cada troca de marcha.

Quando olha para si, L. percebe que apesar de ter de reconstruir a relação com o mundo, à sua volta, tudo ainda está em seu devido lugar. A reconstrução será feita de dentro para fora e diz respeito muito mais a si mesma do que a qualquer outra pessoa. Quando sua ponte com o mundo estiver reconstruída, estará pronta para enfrentar novos desafios, como F. e a grande maioria das pessoas fazem - matando um mamute a cada dia, escrevendo com as próprias mãos um novo capítulo da própria história. Boa sorte, meninas!

* Texto que, depois de muito tempo e escrito por alguém tão especial na minha vida, veio me motivar mais uma vez.
- Obrigada, amiga Sara. -

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Bis

Ontem ganhei uma caixa de chocolate.
Comi Bis pela primeira vez na minha vida e repeti (hihhi). Parece Mirabel.
De verdade eu sempre achei que não ia gostar. Sabe aquelas coisas que você vê, não experimenta e tem a certeza de que não vai gostar? Era isso mesmo com o tal Bis.
Mas eu gostei... não amei.

* Eu gosto mesmo é de Baton.

terça-feira, 14 de abril de 2009

"(Meu bem,)
Bem que você podia
Pintar na sala
Da minha tarde vazia
Como na poesia"

*Disseram-me que era Neruda, mas é Itamar Assumpção.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Rifa-se um coração

"Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.Um coração como poucos.Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu...
"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero,é isso que eu espero...".
Um idealista...
Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.Tantas vezes provocado.Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional que abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado,ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo,defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas:"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo,só errei quando coloquei sentimento. Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer"
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio,sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que,mesmo estando fora do mercado,faz questão de não se modernizar,mas vez por outra,constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e a ter a petulância de se aventurar como poeta"

- a fabulosa Clarice Lispector-

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Home

Se você me diz assim, baixinho, que me quer, que me ama, que será meu por toda a vida, que mais posso querer?
Que dúvidas posso ter?
Quero carinho, quero amor.
Quero beijinhos ao amanhecer.
Quero carinho ao entardecer e colinho ao anoitecer.
Preciso de você mais vezes... por mais tempo. Só nós dois.
Quero entrar na nossa casa e sentir o cheiro que será só dela.
Deitar na nossa cama e ser abraçada por ela (e por você).
Ser sua e você ser meu.
E assim será.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Às vezes nem eu entendo o que sinto.
Sou muito complexa.
Quero muito uma determinada coisa, a consigo e depois não quero mais. Algumas vezes, não a consigo, mas também não quero mais.
Idealizo muitas coisas e a vida é muito benevolente comigo. Recebo o presente e desprezo.
Alguém pode me julgar, me crucificar. Sem problemas...
Mas, a verdade é que sou feliz demais...mesmo sem me entender.
Tenho minhas tristezas, minhas alegrias. Sou intensa. Tem gente que gosta...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Qual é a regra que diz que não pode assinar documentos com caneta vermelha..?