quinta-feira, 10 de março de 2011

Na Psicóloga

Oi, tudo bem?
Vou contar pra você as coisas que eu identifiquei como causas de eu ser como sou hoje.
Eu sempre fui uma menina diferente das demais... brincava sozinha, falava sozinha, criava histórias, cultivava casulos, desenhava e escrevia o meu mundo.
Era muito feliz. Meus pais davam asas à minha imaginação e contribuiam para que eu fosse assim.
Cresci um pouco e fui descobrindo algumas maldades. Via pessoas falando mal de mim, zombando de mim e querendo fazer de mim uma boba.
Boba eu nunca fui muito não. Tenho uma mãe que me fazia voltar e dar o troco às situações.
Nunca gostei de fazer mal à ninguém e abominvada pessoas assim.
Veio a adolescência e foi um pouco mais difícil... cresci muito rapidamente e meu corpo não ficou bonito como os das minhas amigas. Não tinha seios e era magricela, meio desconjuntada. Ainda assim, me vestia como queria (nunca igual) e comecei a identificar meus gostos por músicas que não eram as populares.
Ia às boates para tentar achar a diversão que todas viam, mas eu não via. Pois nessa epoca o negócio era só beijar e como eu não era fisicamente interessante, os meninos não se interessavam por mim. Ficavam meus amigos para se aproximarem das minhas amigas.
Eu não suportava aquela música, não gostava daquele ambiente. Eu realmente não me sentia bem.
Me senti rejeitada pelos caras que eu gostava... e isso me fez sofrer. Me fez ser um pouco mais amarga e respondona. Era a defesa que eu tinha para me resguardar das agressões verbais e apelidos...
O tempo passou mais um pouco e eu realmente fiz questão de ser autenticamente a Flávia Guilherme.
Deixei de tentar ser loira e bronzeada. Deixei de ir a lugares que ia só para me sentir igual.
Faz tempo isso, mas eu não deixo mais ninguém me manipular ou tentar manipular os meus gostos e sentimentos.
Minhas emoções pertencem apenas à mim.
Sou branquela, cabelos do jeito que eu gosto, roupas que acho lindas, pele branca e muito bem cuidada.
Gosto de rock, música popular brasileira e não gosto de samba.
Gosto do clássico, do moderno e do antigo.
Não gosto de tumulto, de muita gente e de confusão.
Não gosto de fofoca, de falsidade e de ingratidão.
Brigo pelo justo, pelo honesto.
Sou muito carinhosa, muito amiga e muito fiel.
Não suporto injustiças, não suporto traição.
Hoje, posso dizer que pessoas me respeitam pelo que sou e ainda me usam como exemplo. Me sinto lisonjeada com tal.
Me sinto bem por não me meter em confusões e selecionar quem eu quero ao meu lado.
Aprendi com as decepções e cresci com os erros (meus e dos outros).
Me sinto feliz.

4 comentários:

/lapresenca disse...

eu também me sinto feliz em ter uma AMIGA como você do meu lado

disse...

Um viva as pessoas que não se encaixam nesse molde pré definido pela sociedade.
Gosto de você. Te acho meiga e elegante. =)

moonshiner disse...

gostei da sinceridade, pabinha! a cura de todo mal vem atraves da sinceridade... viu o Discurso do rei? acho que vc ia gostar. Eu me identifiquei, apesar de não ser gaga. :)

Flávia Guilherme disse...

Vi, Telita e gostei demais. Muito mesmo.
Não me identifiquei mais, pois nunca me considerei tímida. Não tinha medo de dizer as coisas... mas sofri com outras...
Coisas que tem. Normal. Ainda bem que foram superadas.
Smack!